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Plano de Fundo

Plano de Fundo: Ferrari 250 - Testarossa - 1957

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Tyrrell Racing


Tyrrell Racing foi uma equipe de Fórmula 1 criada por Ken Tyrrell. A equipe teve grande sucesso no início dos anos 70, quando ganhou três campeonatos e um campeonato de construtores com Jackie Stewart. A equipe nunca alcançou resultados tão bons novamente após a aposentadoria do escocês voador, embora tenha continuado a ganhar corridas ao longo dos anos 70 e no início dos anos 80, tendo sua última vitória pelo motor Ford Cosworth DFV em Detroit em 1983. A equipe foi comprada pela British American Racing em 1997 e completou sua última temporada como Tyrrell em 1998. Seu fundador, Ken Tyrrell, morreu de câncer em 25 de Agosto de 2001.

História

1970-1973: Tempos gloriosos de Jackie Stewart

A Tyrrell começou quando houve uma quebra de acordo entre Ken Tyrrell e a equipe Matra. Ken construiu o Tyrrell 001 com motores Ford Cosworth para correr as três últimas corridas do Campeonato de 1970 pilotado por Jackie Stewart conquistando uma pole position no Canadá, mas sem terminar nenhuma etapa. O modelo foi usado ainda em duas corridas do Campeonato de 71 por Stewart e uma única vez por Peter Revson na única corrida do estadunidense pela equipe.

1971: A Melhor temporada - título de construtores e pilotos


A Tyrrell de Jackie Stewart, que venceu o campeonato de 1971. No histórico campeonato de 1971, vencido nos contrutores pela Tyrrell com 72 pontos, Jackie Stewart - o campeão desse ano - pilotando o Tyrrell 003, conquistou seis vitórias e seu parceiro, o francês François Cévert, conquistou uma com o Tyrrell 002. No Campeonato de 1972, a Tyrrell manteve os mesmos pilotos e foi vice tanto nos construtores como nos pilotos, com Stewart. No ano seguinte a dupla continuou e a equipe foi novamente vice-campeã de construtores, mas Jackie Stewart foi campeão mundial pela terceira e última vez, com 71 pontos e 5 vitórias.


A tragédia de 1973

Mas, nesse mesmo ano, o episódio mais negro da história da equipe aconteceu, no último GP, o dos Estados Unidos em Watkins Glen. Emerson Fittipaldi anuncia que sairá da Lotus e vai para a McLaren, e surgem os boatos que Jackie Stewart se aposentaria. O escocês brincava, dizendo que quem plantou esses boatos foi seu companheiro, François Cévert, pois "seria sua única chance de ganhar alguma coisa". O francês respondia que seria campeão de 1974, com ou sem Stewart. Porém, nos treinos livres do Grande Prêmio, Cévert abriu sua volta rápida e após a perna dos esses, seu carro decolou e bateu no guard-rail a cerca de 250km/h. O choque jogou a Tyrrell para o guard-rail oposto onde o carro se arrastou por 100 metros. François Cévert estava morto. No dia seguinte, no domingo da corrida, Jackie Stewart anuncia que não correria mais na F-1, e não disputou o GP.

Segunda metade da década de 1970

Em 1974, sem seus dois grandes pilotos, a Tyrrell contrata o sul-africano Jody Scheckter e o francês Patrick Depailler. Scheckter conquistou duas vitórias, na Suécia e na Grã Bretanha, e a equipe termina em 3º lugar. Em 1975 a dupla é a mesma, e a equipe é a 5ª colocada com uma vitória do sul-africano, em casa. 1976 foi o terceiro ano da dupla - Jody vence e faz a pole na Suécia, e o time termina após uma temporada regular na 3ª colocação no Campeonato Construtores.


A Tyrrell de 1976, com 6 rodas.

Em 1977, Scheckter deixa a equipe e vai para a novata equipe Wolf, e em seu lugar entra o sueco Ronnie Peterson para fazer dupla com Depailler. Foi um ano muito inconstante, com a equipe abandonando mais corridas do que completou, o que a deixou em 5º lugar, empatada com a Brabham. No ano seguinte (1978) Peterson vai para a Lotus e a Tyrrell traz o também francês e estreante Didier Pironi. Depailler, em seu 5º ano no time, conquista uma vitória em Mônaco, além de uma série de pódios, mas deixou de pontuar em outras várias corridas, o que resultou em uma 5ª colocação para o piloto e a 4ª para a equipe.

No ano de 1979, Depailler deixa a equipe e vai para a Ligier. Pironi continua, agora com o experiente compatriota Jean-Pierre Jarier a seu lado. Foi uma temporada sem brilho, mas com pódios. A Tyrrell fica com o 5º lugar, e Jody Scheckter, ex-piloto da equipe, conquista seu único campeonato pela Ferrari.

Na virada da década, Jarier tem um novo companheiro de time, o irlandês Derek Daly, mas pela primeira vez, desde 1971, a Tyrrell terminou uma temporada, em 1980, sem ao
menos um pódio.

Início da década de 1980: As últimas vitórias


Com o Tyrrell 011, utilizado entre 1981 e 1983, foram conquistadas as últimas vitórias da equipe.

O ano de 1981 começou com o estadunidense Eddie Cheever e o argentino Ricardo Zunino. Porém, o sul-americano não dura mais que 2 GPs e é substituído pelo estreante Michele Alboreto. A dupla pouco pontua e a Tyrrell termina o campeonato na 8ª colocação, empatada com outras duas equipes: Alfa Romeo e Arrows, a pior colocação - até então - da sua história.
Em 1982, a temporada da Tyrrell começa com Alboreto e com o experiente sueco Slim Borgudd, que foi substiuído, após três GP's, pelo britânico Brian Henton. Foi uma temporada indiscutívelmente melhor que a anterior, resultando na primeira das cinco vitórias de Michele Alboreto, no Grande Prêmio de Las Vegas. Apesar disso, a equipe não passa de um 6º lugar, com 25 pontos. O italiano foi convidado para substituir Gilles Villeneuve, que havia falecido em um acidente em Zolder nessa temporada, na Ferrari, mas decide por permanecer com a Tyrrell (embora Ken Tyrrell tenha proposto uma troca do piloto por motores Ferrari).

A última vitória

No ano seguinte, Alboreto parte para seu terceiro ano na equipe reforçado pelo veterano estadunidense Danny Sullivan, que faz sua única temporada na categoria. Novamente uma temporada inconstante, com muitas quebras, deixa o time no 7º lugar. No entanto, em 1983, no Grande Prêmio do Leste dos Estados Unidos, disputado em Detroit, Alboreto conquista a última das 23 vitórias da história da Tyrrell, depois que Nelson Piquet, o líder da corrida, ter furado o pneu.

Primeiros tempos negros: 1984-1988

A desclassificação de 1984


Em 1984, a Tyrrell era a única equipe daquela temporada a ainda utilizar os motores Ford Cosworth aspirados, enquanto os demais já tinham motores Turbo, mas foi desclassificada do campeonato. Perdeu todos os pontos dos pilotos Martin Brundle e Stefan Bellof - que tinha feito uma corrida brilhante em Monte Carlo, saindo da última colocação e, sob forte chuva, alcançando a 3ª colocação - e Stefan Johansson (substituto de Brundle enquanto este se recuperava de um acidente), por colocar uma esfera de chumbo no tanque de gasolina após a corrida para assim atingir o peso mínimo necessário de fim de prova (uso de lastro), além de suspeitas de modificação de combustível com substâncias proibidas).
Um ano depois, em 1985, a Tyrrell mantém Bellof e Brundle. Não conquista nenhum pódio e, devido à mudança de motores - já que era a única equipe que começou a temporada sem motores turbo - pela primeira vez, troca a Ford Cosworth pela Renault (motor turbo), e o time consegue terminar ao mesmo tempo em 9º e 10º no campeonato, as piores colocações da história até então.
Em 1 de Setembro de 1985, correndo pela categoria Esporte Protótipo nos 1000km de Spa-Francorchamps, Bellof sofre um acidente com o belga Jacky Ickx e falece após se chocar contra o muro. A Tyrrell corre 3 etapas apenas com o carro de Brundle, mas dois novatos, Ivan Capelli e Philippe Streiff, substituem o alemão nas corridas finais.
Na temporada de 1986, a Tyrrell participa de todas as etapas com o britânico Martin Brundle (pela 3ª vez seguida) e com o francês Philippe Streiff, sem nenhum tipo de brilho. O time fica na 7ª colocação, o que se repete em 1987 - mas agora de volta com os motores Ford Cosworth - com o inglês Jonathan Palmer e novamente Streiff, destacando-se apenas que a equipe conseguiu terminar a grande maioria das provas, o que não ocorreu em 1988 com Julian Bailey e Jonathan Palmer.

Voltando a figurar: 1989-1992

O ano de 1989 começou para a Tyrrell com a volta de Alboreto, que obteve a última vitória do time, e Palmer fica pelo 3º ano seguido. Alboreto faz jus ao nome que tem na equipe e conquista depois de anos novamente um pódio para a Tyrrell no México, mas sai no meio do campeonato para a equipe Larrousse, e em seu lugar é contratado uma promessa francesa, Jean Alesi, que corre a Fórmula 1 e a Fórmula 3000 ao mesmo tempo. A Tyrrell é a melhor colocada das pequenas no campeonato desse ano, com mais um 5º lugar.
Em 1990, Alesi continua, agora com o veterano japonês Satoru Nakajima, ex-companheiro de Ayrton Senna e Nelson Piquet na Lotus. O francês conquista dois segundos lugares, nos EUA, onde foi a sensação, liderando a prova por 30 voltas à frente de Senna, e em Mônaco. Depois disso, os dois pouco fizeram e a Tyrrell terminou novamente na 5ª colocação - a sexta da história do time.

Com a mudança para os motores Honda, começou a temporada de 1991 para a Tyrrell. Após a temporada de 90, seria dificílimo segurar Alesi, que foi para a Ferrari, Para seu lugar, como companheiro de Nakajima, que já estava com 38 anos, chegou o também experiente Stefano Modena. O segundo lugar dele no Canadá e alguns pontos conquistados nas primeiras provas deixaram a equipe novamente na 5ª posição.

Em 1992, com a contratação do valorizado italiano Andrea De Cesaris, que tinha feito boa temporada com a Jordan, e do endinheirado francês Olivier Grouillard (ex-Ligier e Fondmetal), também veterano, que completou o orçamento da equipe, depois de perder a maioria de seus patrocinadores que estavam em 1991, como a Braun e Honda. A Tyrrell fez um campeonato regular, ficando na 6ª colocação nos contrutores com 8 pontos, conquistados por De Cesaris.

Agonia: 1993-1998

A Pior Temporada


No ano seguinte, novamente com o veterano De Cesaris e a contratação do japonês Ukyo Katayama (ex-Larrousse), tão fraco como os novos motores que trouxe (Yamaha) fornecidos para a equipe em 1993, resulta na pior colocação da história da equipe: nenhum ponto e a última colocação no campeonato de construtores, atrás até da frágil BMS/Lola.

Último pódio

Em 1994, a Tyrrell continua com a Yamaha. Atendendo os interesses da fábrica, mantém Katayama, que, junto com o inglês Mark Blundell, se aproveitaram do bom projeto do modelo 022 e conquistaram resultados satisfatórios. Blundell conquistou o último pódio da história da equipe com o 3º lugar no GP da Espanha, mas uma série de quebras ao longo da temporada leva a Tyrrell a última boa colocação da equipe, o 6º lugar com 13 pontos.

No ritmo do adeus

Para 1995, é difícil achar algum adjetivo não muito pejorativo para a dupla de pilotos. Sem patrocinadores, a Tyrrell dispensa Blundell, que vai para a McLaren para o lugar de Nigel Mansell, Katayama continua devido aos motores Yamaha, mas dessa vez com o finlandês Mika Salo ao seu lado. O escandinavo arranca alguns pontinhos e a equipe termina na 9ª posição com 5 pontos, à frente apenas de Minardi, Forti, Pacific Racing e Simtek. Não satisfeitos, os dois permanecem para a temporada de 1996, e repetem o mesmo desempenho: 5 pontos e 9º lugar.
Em 1997, Katayama abandona o time e com ele a Yamaha, que passa a fornecer motores à Arrows, e voltam os intermináveis Ford Cosworth, muito piores que os grandes da década de 70. Salo continua e quem vem agora é o holandês Jos Verstappen, garantindo "emoção" para a equipe nessa temporada.
Fim da Tyrrell

No inverno do hemisfério norte, na virada do ano, a Tyrrell é vendida para a British American Racing, onde correria o campeão Jacques Villeneuve, mas correu a temporada de 98 sem motivação, com o brasileiro Ricardo Rosset e o japonês Toranosuke Takagi (que correu em 1999 pela Arrows e sairia para correr nos EUA).
Termina assim a história da Tyrrell Racing, a principal equipe de Jackie Stewart e seu bicampeonato, um título de construtores e de 23 vitórias, 77 pódios e 621 pontos.

Resultados da Tyrrell

23 vitórias
14 pole positions
20 voltas mais rápidas
77 Pódios
Dois títulos de pilotos (1971, 1973)
Campeão de Construtores (1971)


Principais pilotos da Tyrrell

Jackie Stewart - Grande nome da equipe, o primeiro piloto de sua história, conquistou o campeonato mundial de 1971 e 1973, foi o maior pontuador do time com 178 pontos marcados. Na Tyrrell, também encerrou sua carreira como piloto da categoria, devido ao acidente de Cévert no Grande Prêmio dos Estados Unidos em 1973.

François Cévert - O companheiro de Stewart correu entre 1971 e 1973, também foi um grande piloto, era o principal candidato ao título do mundial de 1974, já que os boatos da aposentadoria de Stewart eram grandes. Infelizmente, faleceu em um terrível acidente nos treinos livres do Grande Prêmio dos Estados Unidos de 73 em Watkins Glen.

Jody Scheckter - Sul-Africano que correu as temporadas de 74, 75 e 76 com a grande responsabilidade de substituir tanto Stewart como Cévert. Venceu 4 corridas pela equipe, e foi o terceiro colocado nos campeonatos de 74 e 76. Anos mais tarde seria campeão pela Ferrari em 79

Patrick Depailler - Apesar de ter passado longe de ser gênio, o francês foi o piloto que mais correu pela Tyrrell, foram 80 GPs (dos seus 95 no total), de duas corridas de 72, depois como titular de 1974 até 1978, marcando 119 pontos, vencendo uma única corrida pelo time no Grande Prêmio de Mônaco de 78, o segundo maior pontuador da equipe. Faleceu no volante da Alfa Romeo durante testes privados da equipe em 1980.

Ronnie Peterson - O "Sueco Voador" correu apenas na fraca temporada de 1977, um ano antes do vice-campeonato póstumo de 1978.

Michele Alboreto - Estreando na equipe, o italiano foi o último vencedor, no Grande Prêmio do Leste dos Estados Unidos de 1983, no circuito de Detroit. Também um grande piloto, foi pivô de uma negociação com a Ferrari em 1982 após o falecimento de Gilles Villeneuve, quando foi cotado tando pela imprensa italiana como pelos torcedores como o substituto perfeito. Decidiu permanecer na Tyrrell por mais um ano. Voltaria em algumas corridas de 1989.

Stefan Bellof - Alemão, revelado também pela Tyrrell, foi a sensação do fatídico Campeonato de 1984, quando a equipe foi desclassificada. Se destacou ao sair da última colocação em Monte Carlo e chegar na 3ª posição com um carro fraquíssimo. Em 1985, prejudicado pela ausência de motores turbo da Tyrrell, não fez muito, mas continuava cotado para ser o primeiro campeão alemão da Fórmula 1. Infelizmente, nesse ano durante os 100km de Spa-Francorchamps por outra categoria, faleceu após se chocar contra o muro.

Jean Alesi - Mais uma revelação de Ken Tyrrell, o francês disputou o campeonato de 1989 substituindo o já veterano Alboreto, e correndo junto pela Fórmula 3000. Brilhou no ano seguinte, quando segurou Ayrton Senna, liderando a prova do Grande Prêmio dos Estados Unidos em Phoenix por 30 voltas. Seu desempenho na Tyrrell o colocou como uma das maiores promessas da categoria, apesar de nunca ter confirmado as espectativas.

Satoru Nakajima - Japonês, foi companheiro de Ayrton Senna e de Nelson Piquet na Lotus. Foi para a Tyrrell em 1990, como companheiro de Jean Alesi, e se aposentou em 1991, com 38 anos de idade.

Mark Blundell - O inglês conquistou o último pódio da história da Tyrrell no Grande Prêmio da Espanha de 1994, foi dispensado da equipe em 95 devido a falta de patrocinadores e dinheiro, rumando à McLaren.

Ukyo Katayama - Outro japonês, correu pela Tyrrell entre 1993 e 1996. Se despediu em 1997, pela Minardi.

Mika Salo - Ele correu entre 1995 e 1997 pela Tyrrell. Abandonou a equipe no fim deste último ano para correr na Arrows.

Jos Verstappen - O holandês foi o companheiro de Salo na Tyrrell em 1997, garantindo "emoção" na temporada.

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