Arrows Grand Prix International foi uma equipe de Fórmula 1 ativa entre 1977 e 2002. Entre 1991 e 1996, era também conhecida como Footwork.
Foi fundada em 1977, por Franco Ambrosio (A), Alan Rees (R, Rees colocou um segundo R para dar mais sonoridade), Jackie Oliver (O), Dave Wass (W) e Tony Southgate (S) quando Oliver (já aposentado como piloto), Wass e Southgate deixaram a equipe Shadow.
1978-1984: A estréia na F-1 - A era Ford
A equipe começou em Milton Keynes, na Inglaterra, e produziu seu primeiro carro de Fórmula 1 em apenas 53 dias. A Arrows assinou contrato com o italiano Riccardo Patrese, assim que ele conquistou pontos no Grande Prêmio do Oeste dos EUA, em Long Beach, na terceira corrida com o carro.
1984-1990: A era Arrows-BMW/Megatron e volta dos motores Ford
Em 1984, com motor BMW e patrocínio da empresa de cigarros Barclay, a equipe conseguiu o 9º lugar no campeonato de construtores e 8º no ano seguinte. Em 1987, a BMW retirou seu apoio e o motor foi trocado por um Megatron. Mesmo assim a equipe britânica teve suas melhores temporadas, terminando em 6º lugar, em 1987, e 4º, em 1988.
O empresário japonês Wataru Ohashi investiu na Arrows, em 1990, e o carro passou a utilizar o logo Footwork International Inc. A equipe foi oficialmente renomeada Footwork em 1991, firmando um acordo para correr com os motores da Porsche, o que gerou resultados desastrosos, e, em 1992, trocou para Mugen Motorsports. A Arrows manteve o nome Footwork até a temporada de 1996, quando retornou ao nome original.
1996-2002: A volta da Arrows
Em março de 1996, Tom Walkinshaw comprou uma participação na equipe. Em setembro, Walkinshaw assinou com o campeão mundial Damon Hill e contratou o milionário brasileiro Pedro Paulo Diniz (ex-Forti e Ligier) para ajudar a pagar pelo Campeonato Mundial. A equipe quase conseguiu uma vitória inaugural no GP da Hungria, quando Hill, que largou em nono, que liderava até o final, mas uma falha no câmbio deixou o inglês em segundo. Nos anos seguintes, Walkinshaw comprou o resto das participações de Oliver. Brian Hart, que tem sido o fornecedor de motores desde 1995, foi contratado pela equipe para desenhar os motores da Yamaha e, em 1998, os motores batizados com o nome da equipe.
Na temporada de 2000, Jos Verstappen retornou à Arrows, ao lado de seu colega de equipe, o espanhol Pedro de la Rosa. Os chassis eram equipados com um motor Supertec, que não era o motor mais potente, mas era muito bom e tinha sido desenvolvido um pouco mais para esta estação. Aliado a um pacote de aerodinâmica e boa retaguarda e estabilidade, ele permitiu ao Arrows A21 estabelecer, consistentemente, a melhor velocidade em linha reta nos circuitos. Geralmente, tanto Verstappen quanto De la Rosa tinham sido competitivos dentro de um campo próximo.
Heinz-Harald Frentzen e Enrique Bernoldi nos treinos para o GP da França. Ambos não se classificaram para o grid da corrida, a última da Arrows.
Uma mudança para Asiatech V10 em 2001 e a perda de pessoal deixou a equipe muito fraca em 2001, quando Walkinshaw decidiu recolocar De la Rosa com o estreante Enrique Bernoldi. A equipe lutou por toda a temporada, e Verstappen marcou os únicos pontos da equipe na Áustria.
2002-2003: A falência
Em 2002, Walkinshaw fez um acordo para usar motores Cosworth V10 e reteve Bernoldi (com o apoio da Red Bull) mas desistiu de Verstappen em favor de Heinz-Harald Frentzen, que se tornou disponível quando a equipe Prost fechou. A equipe ficou sem dinheiro no meio da temporada e não conseguiu aparecer em todas as corridas no final do ano. Como resultado, ela foi à liquidação no final da temporada.
Um detalhe doloroso é que foi oferecido à Verstappen um contrato-teste naquele mesmo ano na Ferrari, mas o holandês recusou a oferta porque ele respeitou o contrato com a Arrows.
Ainda em 2002, a equipe ficou sem dinheiro a meio caminho da temporada e não apareceu em mais nenhuma corrida. Como resultado ela foi a liquidação no final da estação, também forçando a Tom Walkinshaw Racing a fechar. Um consórcio, liderado por Charles Nickerson, um amigo de Walkinshaw, comprou o patrimônio da equipe, acreditando que, juntamente com a compra do espólio da Prost, ganharia entrada da temporada de 2003, mas foi barrado pela FIA. A equipe faliu no começo desse mesmo ano.
Os chassis e os direitos de propriedade intelectual pelo chassis foram mais tarde comprados por Paul Stoddart, e depois passados à equipe Minardi como um potencial substituto para o chassis de sua própria equipe. A equipe Super Aguri F1 comprou os carros de 2002 e utilizou como os SA05 durante as primeiras corridas da temporada de 2006 – eles também estão baseados da antiga fábrica da Arrows em Leafield.
Em sua história, a Arrows estabeleceu um recorde nada invejável de 368 corridas sem vitórias.
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