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Plano de Fundo

Plano de Fundo: Ferrari 250 - Testarossa - 1957

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Prost Racing

A Prost Grand Prix Racing Team foi uma equipe de automobilismo que competiu no campeonato da Fórmula 1 e era de propriedade do ex-piloto Alain Prost, tetra-campeão mundial de Fórmula 1. A equipe participou de cinco temporadas entre 1997 e 2001.

História

1997: Início Promissor
Prost JS45, equipado com motor Mugen-Honda, foi o primeiro chassi da equipe, sendo o de maior sucesso.

Em 1996, a Ligier se preparava para desaparecer do mapa da Fórmula 1, deixando a França (país com o maior número de pilotos da categoria) sem uma equipe. Eis que Alain Prost, aposentado das pistas desde seu último título em 1993, mas trabalhando nos bastidores da Ferrari, aparece e resgata a equipe, decidindo que iria geri-la. Renomeando a mesma para Prost Grand Prix, no embalo de Jackie Stewart, que anunciara no mesmo ano a entrada de sua equipe na F-1 para 1997.
Prost mantém os motores da Ligier, os japoneses Mugen-Honda de 710 cavalos, mas vai buscar, também na terra do sol nascente, os pneus Bridgestone. O uso dos bons componentes japoneses tem seu preço: a vinda do piloto Shinji Nakano. O outro piloto permanece sendo o francês Olivier Panis, autor da heróica vitória no Grande Prêmio de Mônaco do ano anterior com a Ligier.
O Primeiro Grande Prêmio, na Austrália, foi excelente. Beneficiados pelo abandono de mais da metade dos competidores, Panis termina na 5ª colocação marcando os primeiros 2 pontos da Prost, e Shinji Nakano fica em 7º, beirando os pontos. A equipe foi a única a terminar com os dois carros naquela corrida.
No segundo GP, o futuro da Prost prometia ser brilhante, Olivier Panis conquista o 3º lugar com uma corrida fantástica; o primeiro pódio da história da equipe logo em sua segunda corrida. Nakano, largando lá atrás, permaneceu até o fim, na 14ª colocação final. Na corrida seguinte, no travado circuito do Grande Prêmio da Argentina, o espetáculo parecia continuar com Panis na 2º colocação, mas seu motor estoura na volta 18. Nakano também abandona.
Depois de uma corrida difícil em Ímola, Panis volta a pontuar com o 4º lugar no GP de Mônaco, no entanto, é na Espanha que a estrela da Prost brilha; Panis larga em 12º, e depois de muitas ultrapassagens e uma excelente estratégia de paradas, ganha de Jean Alesi, David Coulthard e até de Michael Schumacher, terminando numa brilhante 2ª colocação.
Logo depois, no Canadá, Panis estava com uma corrida complicada, mas devido a série de abandonos, tanto ele como Nakano se aproximavam dos pontos. Até que na volta 51, o francês toca levemente no muro, depois se choca com a barreira de pneus, resultando na fratura das duas pernas. Mas Nakano volta a pontuar com o 6º lugar.
Com a perda de seu principal piloto - importante ressaltar que mesmo após o GP do Canadá, Panis era o 3º colocado no Campeonato de Pilotos - Alain Prost toma um grande golpe logo em sua primeira temporada como manager. Para o lugar de Olivier, o tetracampeão aposta no italiano Jarno Trulli, que vinha fazendo corridas interessantes pela Minardi. Assim que debuta, Trulli consegue a 6ª posição no Grid de largada no Grande Prêmio da França, mas não pontua, o que se repete no Grande Prêmio da Inglaterra.
Depois de dois GPs complicados para a Prost, Trulli voltava a largar bem, na 7ª colocação, enquanto Nakano saia em 17º. E após seu compatriota Giancarlo Fisichella, que vinha em 2º, duelar com Gerhard Berger, o italiano consegue ficar com a 4ª posição, pontuado pela primeira vez na sua carreira. Nakano, também por abandonos, herda o 7º lugar. Na etapa seguinte, em uma atuação atípica na Hungria, o japonês vai bem e conquista um ponto em 6ª, com Trulli em 7º.
Após duas etapas difíceis em Spa-Francorchamps e em Monza, o Grande Prêmio da Áustria reservaria grandes emoções para a Prost. Trulli largando na 3ª colocação do Grid, assume a liderança logo na primeira volta, onde permaneceria por 37 voltas. Após as paradas, ele é ultrapassado por Jacques Villeneuve, o campeão daquela temporada. O italiano consegue se manter em segundo até a volta 58 quando seu motor explode e o deixa na mão, o que também tinha acabado de acontecer com Nakano.
A volta de Panis, que havia se acidentado no Canadá, acontece no Grande Prêmio de Luxemburgo. A descoberta do talentoso Jarno Trulli poderia render uma dupla excelente para as três últimas etapas. No entanto, a pressão da Mugen-Honda é mais forte, fazendo com que Nakano permaneça como titular. Panis, logo em sua volta, alcança o sexto lugar, voltando a pontuar. Chega finalmente o último Grande Prêmio da temporada, o da Europa, no tradicionalíssimo circuíto de Jerez de la frontera. Panis faz grande corrida, mas chega apenas na 7ª colocação, beirando outra vez os pontos.
O saldo final da primeira temporada da Prost foi bom, com a 6ª colocação e grande performances de Panis e Trulli, mas poderia ter sido muito melhor, caso Olivier Panis não tivesse se acidentado, e se o segundo piloto não fosse o japonês Shinji Nakano, que tirou a vaga do novato Jarno Trulli nas últimas etapas. Esse episódio faria Prost mudar seus motores para a temporada seguinte.
1998: A catastrófica segunda temporada

Devido aos eventos do final de 1997, quando Prost, para manter os motores da Mugen Honda, fora obrigado a permanecer com Nakano, enquanto a promessa italiana, Jarno Trulli, foi jogado como piloto de testes, a fornecedora da equipe muda. Para 1998, quem dá força à Prost é a também francesa Peugeot, resultando em uma legítima equipe do país, além de contar com uma boa dupla de pilotos, Panis e Trulli. Mas toda essa empolgação não seria justificada ao longo ano.
No Primeiro GP da temporada, na Austrália, Trulli abandona, e Panis, nas últimas colocações, vai herdando posições de quem sai. Em São Paulo, nenhum carro termina, na Argentina, o quadro do primeiro Grande Prêmio se Repete, em Ímola, Trulli e Panis não completaram a prova, o que se sucede em outras três corridas: Mônaco, Canadá e Inglaterra. Nas outras etapas apenas um termina, sempre entre os últimos.
No Grande Prêmio da Alemanha, a Prost consegue pela primeira (e única) vez completar uma prova com os dois carros, um em 12º e outro em 13º. Depois de outra performance fraca no Grande Prêmio da Hungria, o GP da Bélgica guardava o único ponto da equipe no campeonato. Logo na largada 7 carros, entre eles Panis, se chocam e saem, juntando com os abandonos freqüentes de Spa-Francorchamps apenas 8 pilotos terminam a prova. Jarno Trulli consegue sobreviver e chega em 6º lugar. Mais duas corridas horríveis e a temporada acaba: Foi apenas 1 ponto e a penúltima colocação, apenas a frente da Minardi, que, obviamente, não pontuou.
1999: Tentando outra vez

Ninguém acreditava no resultado de 1998, dois bons pilotos e os também bons motores Peugeot, que correram tão bem na Jordan, não poderiam ter levado a equipe à penúltima colocação. Alain Prost mantém a mesma equipe com Jarno Trulli e Olivier Panis, os mesmos motores, e parte para 1999 com o objetivo de apagar a temporada de 98.
Mas o primeiro GP, na Austrália, não ajudou. Panis perdeu a roda e Trulli se chocou com o novato espanhol Marc Gené. Tudo indicava que o pesadelo se repetiria. Em São Paulo Panis vinha lutando pelos pontos, na 7ª colocação, até fazer sua primeira parada ainda na 11ª volta. Uma série de abandonos, inclusive de Trulli, faz com que Panis retorne ao 6º lugar e marca o primeiro ponto da Prost na temporada. Logo depois, em Ímola, Trulli colide com Jacques Villeneuve na primeira volta e Panis abandona: mais uma corrida sem completar.
Para o GP de Mônaco, Trulli largava em 7º, e Panis em 18º, numa pista travada como em Monte Carlo, o italiano agüenta bem e termina em 7º, enquanto Panis abandona novamente. No GP seguinte, na Espanha, Trulli assume a 6ª posição, onde fica até o fim da corrida, marcando o segundo ponto da equipe. Panis segue abandonando. Após uma etapa do Canadá, sem nada demais, o Grande Prêmio da França, apesar de não ter rendido nenhum ponto, foi muito bom, pois além de fazerem uma grande corrida, lutando para pontuar, pela primeira vez na temporada os dois carros terminavam a prova, o que se repetiu na Inglaterra e na Áustria.
Em Hockenheim, o grid era animador: 7º para Panis e 9º para Trulli. No entanto, os dois perdem suas colocações logo no começo, Trulli perde o motor, e Panis, agora sozinho, luta para chegar aos pontos, e consegue: sexto lugar e mais um ponto para a Prost, que a essa altura tem apenas 3. No GP da Hungria os dois carros terminam, assim como na Bélgica, a situação se reverte em Monza com dois abandonos.

O primeiro pódio de Trulli

No Grande Prêmio da Europa, em Nürburgring, Panis larga em 6º e Trulli em 10º. A corrida já começa com uma largada queimada, e logo depois um acidente espetacular de Pedro Paulo Diniz, da Sauber, que voa sobre Alexander Wurz, da Benetton. Após 6 voltas com Safety Car, Eddie Irvine ultrapassa Panis e Trulli cai para 12º, Jean Alesi para logo e Truli vai para 11º. Irvine, Mika Salo, Mika Hakkinen e Panis enfrentam problemas em suas paradas, assim na 22ª volta, Trulli já é 6º colocado. O líder, Heinz-Harald Frentzen, abandona, assim como David Coulthard, que assumira o 1º posto, que vai parar com Ralf Schumacher. Enquanto isso, Trulli ultrapassa Rubens Barrichello e já está na 4ª colocação. Giancarlo Fisichella toma a liderança de Ralf, mas tem um acidente logo depois - nisso tudo, Trulli é o 3º, quem ganha com isso tudo é Johnny Herbert - aproveitando-se do erro de Ralf na volta 49, e quem aproveita a oportunidade é Jarno Trulli, que assume o 2º lugar, onde permanece até o fim, conquistando o terceiro e último pódio da Prost Grand Prix.
O pódio também é o fim da equipe na temporada. No Grande Prêmio da Malásia, Trulli não larga e Panis perde o motor logo na 5ª volta. Sobrando apenas o Grande Prêmio do Japão, que resulta em abandono duplo novamente. 1999 chega ao fim, um ano muito melhor para a Prost que o pesadelo de 1998, os 9 pontos ainda foram poucos, mas a confiabilidade do carro melhorou, tudo indicava que ano anterior tinha sido uma maré de azar, mas, em 2000, a Prost voltaria ao bom desempenho.
2000: Afundando com a Peugeot

Prost AP03, guiado por Nick Heidfeld e Jean Alesi em 2000.
Panis deixa a Formula 1 em 2000 (voltaria em 2001, pilotando a BAR), e Jarno Trulli vai para a emergente Jordan. A nova dupla de pilotos de Alain Prost é composta pelo jovem alemão Nick Heidfeld, campeão da Fórmula 3000 em 1999 e do incansável francês Jean Alesi, companheiro de Prost na Ferrari em 1991. Com uma promessa e um experiente, parecia que a temporada de afirmação da Prost ocorreria de forma tranqüila.
No GP da Austrália, a Prost estréia com Alesi quebrando e Heidfeld terminando em 9º. Em São Paulo e em San Marino, o pesadelo de 1998 pairava novamente: os dois carros quebram. Na Inglaterra, apresentação pífia de Alesi, que, pelo menos, termina em 10º. Na Espanha, Alesi bate no começo com Pedro de la Rosa, da Arrows, e Heidfeld ocupa durante a prova toda as últimas colocações. Para o GP da Europa, em Nürburgring, Heidfeld tem problemas com o peso e não larga. Alesi ensaia uma boa corrida, ocupando por duas voltas a 6ª colocação, mas termina em 9º. Em Monte Carlo, Nick é 8º e Alesi quebra.
No Grande Prêmio do Canadáde 2000, quebra de ambos os carros novamente. Na França, a 12ª e 13ª colocações são comemoradas, pois este foi o único GP com os dois pilotos terminando. Áustria, Alemanha (onde Alesi toca na Sauber de Pedro Paulo Diniz e bate de forma espetacular), Hungria e Bélgica, quatro GPs seguidos e nenhum carro completa (o que se repetiria ainda no Japão), destacando-se o GP da Áustria, onde os dois carros da mesma equipe se colidiram na volta 41.
Saldo da Temporada de 2000: 23 abandonos (uma não-largada), nenhum ponto (empatada com a Minardi) e melhor colocação: 8º lugar de Nick Heidfeld em Mônaco. Foram usados no total 53 motores da Peugeot durante uma temporada de 17 Grandes Prêmios, após o GP da França, os mecânicos da Prost ensaiaram uma greve em represália a baixíssima qualidade e confiabilidade dos motores franceses. No final da temporada, a Peugeot deixa a categoria para sempre, vendendo a sua divisão de motores de Formula 1 para a japonesa Asiatech, que utilizou o horrível motor da temporada de 2000 em 2001, ajudando a falir a Arrows.
  2001: Fim da brincadeira para o tetracampeão
A temporada de 2000 não seria esquecida, pelo menos não para os patrocinadores, o que nunca antes havia faltado para Prost. Sem dinheiro, a equipe não realiza grandes testes de pré-temporada, fadando a equipe ao fracasso já que ela mudou seus principais componentes: novos pneus da Michelin e novos motores denominados Acer (motores Ferrari renomeados).
Com a Peugeot fora, o primeiro desafio de Alain Prost seria conseguir novos motores, após a recusa da Mercedes-Benz e da Supertec (divisão da Renault) sobrou apenas a Ferrari, que forneceu os motores da temporada passada e que foram renomeados Acer, que, na verdade, é uma empresa taiwanesa de computadores - a principal patrocinadora da Prost em 2001, para preservar a imagem da montadora italiana. Sem dinheiro e sem a realização dos testes, o motor - já ultrapassado - não foi melhorado.
A Dupla que começa 2001 é composta ainda por Jean Alesi mas para o lugar de Nick Heidfeld - agora na Sauber - vem o argentino Gastón Mazzacane (ex-Minardi) em troca do patrocínio da emissora de televisão PSN (Pan-American Sports Network). Nos primeiros GPs, Alesi se esforça, chegando a lutar pelos pontos em algumas voltas, enquanto isso o argentino consegue as seguintes posições no Grid: 20º, 19º, 21º e 20º novamente. Após o quarto Grande Prêmio da temporada, em Ímola, ele é demitido após ter terminado apenas uma prova onde ficou em último. Para o bem da categoria, Mazzacane não volta para a F-1.
Para seu lugar, ainda com interesses da PSN, veio o brasileiro Luciano Burti, que corria a temporada pela Jaguar, outra equipe igualmente em crise. Com Alesi e Burti, a Prost consegue pontuar com um 6º lugar em Mônaco, uma corrida excelente de Alesi, e um sofrido, mas brilhante, 5º lugar do francês no Canadá. Na maioria das etapas os carros terminam as provas, até o GP da Alemanha, onde, em outra corrida brilhante de Jean Alesi, o piloto marca mais um ponto, o último da história da Prost, e decide que deixará a equipe depois de atritos com Alain Prost.
O tetracampeão faz um acordo com Eddie Jordan, que também se envolve em atritos com seu piloto, o alemão Heinz-Harald Frentzen - o germânico vai para a Prost, e Alesi se muda para a Jordan. Frentzen pouco consegue fazer com o péssimo carro da equipe francesa, e após a saída de Burti com o acidente na Bélgica, o tcheco Tomáš Enge, vindo da Fórmula 3000, disputa 3 corridas na categoria.
As últimas corridas da Prost são geralmente lembradas pelos acidentes espetaculares do brasileiro Luciano Burti - o primeiro na Alemanha, quando Michael Schumacher teve problemas e ficou praticamente parado. Burti, que vinha lá de trás, não conseguiu desviar, acertou a roda traseira da Ferrari do alemão, e o carro do brasileiro capotou, chegando ao ponto de um pneu ficar grudado na Arrows de Enrique Bernoldi. A FIA cancelou a largada, o que deu tempo aos dois de pegarem os carros reservas. Já o segundo fora bem mais grave, no GP da Bélgica: Eddie Irvine, ex-companheiro do brasileiro na Jaguar, fecha Luciano, que acerta a traseira do rival em cheio. O paulistano vai de encontro a barreira de pneus a cerca de 300km/h. Esse acidente, apesar de não ter deixado seqüelas, afastou o brasileiro das pistas de F-1 para sempre.
Após o fim da temporada, ligeiramente melhor que a anterior, (4 pontos marcados), o sonho de Alain Prost tem um fim indigno. Sem dinheiro, a Prost é liquidada judicialmente em 2002 e deixou a Fórmula 1 para nunca mais voltar.

Fonte Wikipedia

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