A Benetton Formula foi uma equipe italiana de automobilismo que competiu no campeonato da Fórmula 1 entre os anos de 1985 e 2001, em 2002 ela passou a se chamar Renault F1.
Foi nesta equipe, que Michael Schumacher conquistou seu primeiro campeonato mundial em 1994.
A história da equipe Benetton começou quando a United Colors of Benetton virou patrocinadora da equipe Tyrrell Racing em 1983, da Alfa Romeo em 1984, e finalmente em 1985 do time de pequeno porte Toleman, esta se tornando famosa por ser a primeira escuderia de Ayrton Senna. No inverno europeu de 1985 para 1986, adquire por inteiro a Toleman, iniciando uma nova equipe.
Com motores BMW, com o austríaco Gerhard Berger - vencedor do primeiro GP do time, no ano de estréia, no GP do México - e o italiano Teodorico Fabi, a Benetton termina em 6º lugar (de 10 equipes) em seu ano de estréia marcando 19 pontos, com dois pódios de Berger (uma vitória e um 3º lugar) e duas poles de Fabi
No ano seguinte, Berger deixa o time, substituído pelo belga Thierry Boutsen, apesar de teoricamente ter sido uma mudança ruim, a equipe é mais constante com os motores Ford Turbo, marcando 28 pontos e conseguindo uma 5ª colocação e dois 3ºs lugares. Em 1988, o motor passa a ser o Ford Cosworth V8, depois de dois anos, Fabi abandona o time e chega o também italiano Alessandro Nannini. A Benetton consegue o 3º lugar do campeonato de construtores marcando 39 pontos com seus 7 pódios, e Boutsen consegue o 4º lugar na disputa de pilotos.
Na virada da década, em 1989, é a vez de Boutsen sair para a entrada do britânico Johnny Herbert, que dura apenas alguns GPs e é trocado por um compatriota de Nannini, Emanuele Pirro, que marca apenas 2 pontos. Enquanto isso, Nannini vence seu primeiro (e único) GP no Japão, além de conquistar dois pódios, deixando a equipe em 4º lugar.
A Era Piquet
No começo dos anos 90, chega na Benetton ninguém menos que o tricampeão Nelson Piquet, recém-saído da Lotus. Nannini permanence constante, conquistando alguns pódios até ser substituído nas últimas duas corridas pelo brasileiro Roberto Pupo Moreno, por ter sofrido um acidente aéreo que amputou seu braço. Piquet conquista duas vitórias em dois GPs (Japão e Austrália). Um excelente
ano para a equipe, terminando novamente em 3º lugar com 71 pontos e Piquet terminando em 3º lugar, melhor colocação até então de um piloto do time.
No ano de 1991, a Benetton mantém no começo a dupla brasileira, que terminara o ano anterior, e Nelson Piquet conquista sua última vitória em seu último ano, no GP de Montreal. Nas últimas cinco etapas, Moreno é substuído pelo jovem alemão Michael Schumacher. Um ano bem menos constante deixa a equipe em 4º lugar.
A Era Schumacher
Depois de correr poucos GPs em 1991, Schumacher continua na equipe em 1992, e tem como seu parceiro o veterano britânico Martin Brundle. Agora com pneus Goodyear, o desempenho da Benetton é muito constante, sua pior colocação geral em uma corrida foi um 13º com Brundle e um 7º com Schumacher, conquistando 12 pódios, além da vitória do alemão no GP de Spa-Francochamps. Nesse ano, Schumacher termina em 3º no mundial de pilotos, esma posição da Benetton no de construtores, com 91 pontos.
Em 1993, Schumacher continua e quem vem é o veterano Riccardo Patrese, vice-campeão do ano anterior, que terminaria a carreira nesse mesmo ano. Apesar de ser menos estável, a Benetton realiza novamente uma boa campanha, termina em 3º lugar com uma vitória de Schumacher em Portugal e 10 pódios dos dois grandes pilotos.
Com a aposentadoria de Patrese, a Benetton contrata para 1994 o holandês Jos Verstappen, substituído em algumas corridas pelo finlandês Jyrki Järvilehto (que substituiu Schumacher em 2 GPs) e traz de volta Johnny Herbert. Mesmo com toda essa mudança,
Schummy conquista o 1º de seus 7 títulos de pilotos, com 8 vitórias e 6 pole-positions, além de dois segundos lugares. Devido a confusão de bastidores na mudança de pilotos, a Benetton, apesar do título de pilotos e de dois pódios de Verstappen, não consegue o campeonato de construtores nesse ano.
No ano seguinte a Benetton acerta com os motores campeões de 1994 pela Williams, os motores Renault, e faz sua melhor apresentação da história, aprendendo com os erros do ano anterior o time mantém a mesma dupla em todos os GPs - Herbert e Schumacher -, e conquista o título de construtores além do bicampeonato do piloto alemão; foram 10 vitórias (8 de Michael, 2 de Herbert) e 137 pontos.
A Dupla Dinâmica
Após a saída de Michael Schumacher e Herbert, a Benetton traz uma dupla, teoricamente, à altura: Gerhard Berger volta à "velha casa" e dessa vez com o interminável Jean Alesi, em um time que, se não foi o melhor, foi um dos mais engraçados, carismáticos e emocionantes da história da categoria, permanecendo entre 1996 e 1997.
No primeiro ano foram 10 pódios e uma 3ª colocação no campeonato com 68 pontos e a melhor participação da carreira de Jean Alesi - 4º lugar e 47 pontos, e no segundo, Berger conquista sua última vitória na Alemanha (e a última da Benetton) a equipe conquista duas poles: uma de Berger (última do austríaco), também em Hockenheim e outra de Alesi na Itália, repetindo a 3ª colocação.
A decadência
Com a saída dos motores oficiais da Renault e a entrada dos obscuros Playlife (motores Renault de classe B), a Benetton entra em decadência, culminando com a venda da equipe em 2000. No entanto, esse período foi salvo por uma promessa italiana, Giancarlo Fisichella, que já estava na F-1 desde 1996.
A Era Fisichella e o fim
Em 1998, com uma nova equipe composta por Giancarlo Fisichella e por outra promessa austríaca, Alexander Wurz, que já havia corrido 3 GP's no lugar de Berger no ano anterior, a Benetton termina no 5º lugar com 33 pontos, com dois pódios espetaculares de Fisichella em Mônaco e no Canadá, além da pole position do italiano, na Áustria. A dupla é mantida para 1999, no entanto, o time foi muito inconstante, com diversas quebras. Mas a equipe foi salva novamente por Fisichella, que fez um excelente 2º lugar consecutivo em Montreal, terminando em 6º lugar nos construtores.
O ano de 2000 começa, na equipe, com o anúncio da compra da equipe pela Renault, porém mantendo o nome Benetton até o final de 2001. Pela terceira temporada, a dupla é a mesma, e o desempenho novamente foi o mesmo, um carro fraquíssimo e Fisichella, novamente, salva a equipe com mais 3 pódios, marcando 18 dos 20 pontos totais da equipe na temporada, que termina em 4º lugar empatada com a BAR. Nesse mesmo ano, Michael Schumacher é, depois de 5
anos do título na Benetton, tricampeão, dessa vez na Ferrari.
Em 2001, Wurz sai da equipe e entra uma jovem promessa inglesa, Jenson Button, que correu na Williams em 2000, a Renault fornece os motores, e Fisichella conquista um pódio solitário na Bélgica, o último da história da equipe, marcando 8 dos 10 pontos do time.
No final do ano, a Renault assume o comando de vez, colocando fim na Benetton, depois de 17 anos, 27 vitórias, 102 pódios e 851 pontos.
Estatísticas da Equipe
* GPs disputados: 260
* Vitórias: 27
* Poles: 15
* Pódios: 102
* Pontos: 851
* Títulos de Pilotos: 2 (1994, 1995)
* Títulos de Construtores: 1 (1995)
Principais pilotos da Benetton
* Gerhard Berger - Primeiro piloto da equipe, o austríaco conquistou o 1º pódio e a 1ª vitória, no Grande Prêmio do México, ainda no ano de estréia da equipe, 1986. Voltaria a escuderia dez anos depois, durante as temporadas de 1996 e 1997, onde encerrou sua carreira vencendo o Grande Prêmio da Alemanha no último ano. Que seria também a última vitória da Benetton.
* Teodorico "Teo" Fabi - O italiano encerrou sua carreira na equipe após conquistar duas poles em 1987.
* Alessandro Nannini - Também italiano teve o auge de sua curta carreira na Benetton durante os anos de 1988 e 1990, conquistando sua única vitória no Grande Prêmio do Japão de 1989. Sofreu um acidente de helicóptero inutilizando seu braço durante anos e encerrando sua passagem pela Fórmula 1.
* Johnny Herbert - No ano de 1995 conquistando duas vitórias, na Inglaterra e na Itália, o inglês teve a melhor fase de sua longa carreira na categoria. Onde também estreou por apenas 6 corridas da temporada de 1989.
* Nelson Piquet - O tricampeão mundial Nelson Piquet encerrou sua carreira na Benetton nos anos de 90 e 91. Na fase mais sossegada de sua carreira, foi parceiro de seu grande amigo, o também brasileiro Roberto Pupo Moreno, e protagonizou disputas espetaculares e engraçadas com Nigel Mansell, o "idiota veloz", na opinião do brasileiro. Conquistou três vitórias, a última no Grande Prêmio do Canadá em 1991 após "dar um tchau" ao passar por Mansell, que acidentalmente desligou o carro enquanto acenava aos torcedores canadenses.
* Roberto Pupo Moreno - O brasileiro foi companheiro de Piquet na dobradinha brasileira da Benetton durante 1990 e 1991 após a saída de Nannini até a chegada de Michael Schumacher.
* Michael Schumacher - O piloto mais vitorioso da história da Fórmula 1, chegou substituindo Moreno, em 1991. Tinha largado no mesmo ano pela Jordan, mas não completou. Em 1992, com Martin Brundle, fez uma grande temporada, vencendo uma prova em Spa-Francorchamps. O que se repetiu em 1993 com a vitória em Estoril. Mas no ano seguinte reservava a Michel o primeiro título de sua carreira, beneficiado talvez pela morte de Ayrton Senna, mas inegavelmente uma temporada perfeita junto com Jos Verstappen, vencendo 8 provas. E 1995 seria ainda melhor, com nove vitórias e duas de Johnny Herbert ele conquista além do bicampeonato de pilotos, o campeonato de construtores. Foi também o maior pontuador da história de Benetton com 303 pontos, e também o que mais correu, 68 GPs.
* Jean Alesi - A eterna promessa francesa correu com Berger em 1996 e 1997, formando uma das duplas mais carismáticas da história da Fórmula 1. Não conseguiu vencer, mas foi o segundo maior pontuador do time, com 83 pontos.
* Giancarlo Fisichella - Outra eterna promessa italiana. Recém-saído da Minardi, teve sua melhor fase da carreira na decadente Benetton, salvando a equipe da humilhação em seus últimos anos, para a felicidade dos fãs da escuderia. Conquistou com performances extraordinárias sete pódios, e 55 pontos. E é o segundo piloto com mais GPs na equipe, 66, apenas dois a menos que Schumacher, e é o que permaneceu mais tempo na equipe, foram quatro anos; de 1998 até o final, em 2001.
* Jos Verstappen - Estreou em 1994 na equipe correndo junto com Michael Schumacher no lugar de J.J. Letho conseguiu dois pódios (dois terceiros) e mais um quinto lugar fazendo maioria dos pontos da sua carreira e fechando em décimo do campeonato. Seu desempenho não foi satisfatório para a equipe e ficou somente na temporada de 1994.
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